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PCdoB na Assembleia Legislativa

O PCdoB e a Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados Minas Gerais

A participação do PCdoB completará em 2026, vinte e quatro anos ininterrupto da presença comunista na Casa Legislativa mineira. Entretanto, o retorno do PCdoB a ALMG, dede 1948, com a cassação do registro do Partido e 38 anos de clandestinidade, demorou-se 16 anos para retomarmos a Assembleia.
 

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     Em 19 de Janeiro de 1947 o Partido Comunista do Brasil, então PCB, elegeu o bancário e líder sindical Armando Ziller deputado estadual, com 2.845 votos. Seu mandato teve curta duração, pois o TSE, em Janeiro de 1948, cassou o registro e os mandatos. 

    Ziller foi o quarto candidato a Deputado Estadual mais votado em BH, mas contou com apoio do Partido em todo estado.

    O partido chegou a apresentar um Projeto de Constituição inteira aos parlamentares mineiros, e diversos projetos foram aceitos e aprovados como criação da assistência técnica agropecuária aos pequenos e médios agricultores e criadores; proibindo a divisão antieconômica da terra para fins de especulação; propondo um plano de intensificação de crédito rural e cooperativo; conceituando "terra produtiva".

    No curto espaço de tempo que esteve na Assembleia Constituinte de 1948, Ziller, um comunista cristão  angariou a simpatia dos seus pares, não sem enfrentamentos diários com bom humor aliado a firmeza ideológica e política.

    O Partido passou longos anos na clandestinidade, 38 sem poder disputar eleições com a nossa legenda e só retornou com protagonismo na disputa de 1982, ainda ilegal. 

 

   Ainda na clandestinidade, em 1982, o PCdoB lançou o ex presidente da UNE José Luís Guedes, como Deputado Federal pelo PMDB, ele obteve 40.757 votos, ficando na quarta suplência do PMDB e exercendo boa parte do mandato até 1986.

    Nossa primeira disputa com a nossa sigla legalizada ocorreu apenas em 1986 onde lançamos para deputado estadual vinte e sete candidaturas, tendo o camarada Zecão sido o mais votado com 3.422 votos seguido pelo Ariosvaldo de Ouro Preto com 2.604, a Dalva Stela com 1.796 e o Luis Amaral de João Monlevade com 1.589 votos.

 

   Nesta chapa foi composta ainda por nomes como Ércio Sena então da juventude, o médico Dr Borato, Jô Moraes, João Athaíde entre outros camaradas. Lançamos ainda dezoito candidaturas a deputado federal, com camaradas que ainda militam até hoje no partido como o advogado Cândido, a professora Antônia Aranha, o professor  José Carlos Areas e o ex vereador Paulão.

    Para o Senado Federal lançamos o nome de Sérgio Miranda, que obteve 90.665 votos, ficando em décimo segundo lugar, entre os dezessete candidatos daquele pleito.

     Fato importante foi a eleição do Célio de Castro, então dirigente sindical e militante do PCdoB, pela legenda do PMDB para deputado Federal, obtendo 35.656 votos

    

  Nas eleições de 1990, o PCdoB lançou três candidaturas a deputado estadual em Minas Gerais. O metalúrgico de Betim Edmundo Vieira que obteve 6.962 votos e foi o terceiro suplente da coligação (PT, PCdoB, PCB e PSB), o professor Paulo Rogério de Juiz de Fora que obteve 2.912 votos  e o uberlandense Wilson Pinheiro que obteve 1.021 votos.

    

   Para Deputado Federal lançamos Sérgio Miranda, que obteve 11.771  votos, faltando apenas 374 votos para a conquista da cadeira, ficando na segunda suplência. 

    Sérgio Miranda assumiria o mandato em 1992, com a eleição de Célio de Castro para vice-prefeito de Belo Horizonte e a renúncia de Arutana Cobério, que havia passado para o cargo de juíz e vivia uma grave crise no seio do PCB, seu partido de origem.

    Nas eleições de 1994 o PCdoB reelegeu Sérgio Miranda, com 23.013 votos para deputado Federal. Sérgio Miranda dominou como poucos deputados o orçamento da União, temas como a previdência Social, educação, ciência  e tecnologia, saúde e seguridade social.

    

  Já em 1995 Sérgio Miranda estava entre os “cabeças do Congresso” e o Diap assim o classificava  “destaca-se pela qualidade de suas intervenções. Com bom trânsito no Congresso, prefere radicalizar nos argumentos a simplesmente radicalizar no discurso. Ganhou projeção nacional cama membro suplente da CPI do Orçamento, quando apesar do pouco tempo de parlamento, revelou-se um interlocutor à altura das estrelas da CP I, Conduzindo com rara habilidade delicadas investigações. “


    Em 1994 lançamos Jô Moraes ao Senado nacional, com uma campanha consistente e marcante participação na televisão e nas ruas, Jô obteve expressivos 610.911 votos, ficando em sétimo lugar, numa disputa que contou com doze candidaturas, consolidando o nome da Jô Moraes como uma das principais lideranças da esquerda mineira.

    Para deputado estadual lançamos as candidaturas de Edmundo Vieira, do Professor Newton Souza, o Vereador de Montes Claros Lipa Xavier, a vereadora de Uberlândia Liza Prado e o Professor de Juiz de Fora Paulo Rogério. Mais uma vez não conseguimos a eleição de um comunista a Assembleia legislativa mineira.

    No ano de 1998 recebemos 66 .905 votos nos candidatos do PCdoB para deputado estadual em Minas Gerais, maior votação até então, Jô Moraes foi a segunda suplente com 23.788, Liza Prado a quarta suplente com 22.758 , foram ainda candidatos entre outros Fernando Passarinho de Além Paraíba, Guedes, ex deputado federal e ex presidente da UNE em Juiz de Fora, Aristeu no vale do Mucuri.


    Em 2002 O PCdoB tem uma retumbante vitória, com a eleição da Jô Moraes deputada estadual com 58.153 votos, a viges sima oitava mais votada do estado de Minas Gerais, retomando assim a cadeira cassada de Ziller cassado há55 anos.

 

O Vereador Lipa Xavier de Montes Claros, o vereador Che de Viçosa, Wellingtom Menezes de Conselheiro Lafaiete, Clédio de Matos de Valadares e Breu de Fabriciano compuseram a chapa que totalizaram mais de setenta mil votos entres os comunistas de Minas Gerais.

    Para deputado Federal Sérgio Miranda obteve 78.287 votos, sendo reconduzido para seu quarto e último mandato.

 

Em todos esses mandatos , por onze anos seguidos Sérgio Miranda foi considerado entre os cabeças do Congresso, entre os cem mais influentes, foi líder do PCdoB, e vice-líder do Bloco de oposição e compôs as mais importantes comissões do Congresso como a CCJ e a do Orçamento.

 

Entretanto em 2005, com divergências com o PCdoB e o Governo Lula saiu do partido, filiando e disputando as eleições pelo PDT, onde não conseguiu se eleger nas eleições de 2006 e 2010 para deputado Federal e ficando em quarto lugar para prefeito de BH em 2008.

 

Sérgio Miranda faleceu em Novembro de 2012 vitima de câncer em Brasília.

    Em 2006 partido encarou um grande desafio, manter sua cadeira de Deputado Federal, após a saída de Miranda e manter também a cadeira recém-conquistada na Assembleia Mineira. 

    Numa tática ousada lançou chapa própria para deputado estadual e garantiu a eleição de Carlin Moura, então vereador de Contagem, para a  Assembleia mineira, e a eleição da Jô Moraes com mais de cem mil votos, para deputada federal.

    Jô Moraes consolidou-se como uma das maiores lideranças de Minas Gerais, dialogando com amplos setores da sociedade brasileira e tendo ganho mais duas eleições para deputada federal.

     Em Brasília presidiu a importante Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, e se destacou nas áreas da saúde, da educação, ciência e tecnologia, sendo um importante instrumento para o segundo governo Lula e os governos Dilma.

    Em 2010 o PCdoB ousou novamente, e construiu mais uma chapa própria para a Assembleia Legislativa e diversas candidaturas para deputado federal. 

    Para a disputa da Câmara dos Deputados reelegemos a camarada Jô Moraes com 105.977 votos e garantimos a terceira suplência para Wadson Ribeiro com mais de 54 mil votos.

 

    Na Assembleia, com chapa própria garantimos, pela primeira vez, uma bancada na Casa, com duas vagas. A reeleição do então deputado Carlin Moura com 50.221 votos e a primeira eleição do Deputado Celinho Sintrocel com 45.373 votos.

 

Obtiveram destaque ainda as candidaturas de Mário Henrique Caixa que obteve 25.077 votos, alcançando o mandato no ano de 2013, com a eleição de Carlin Moura a prefeito de Contagem, Geraldo Pimenta com 24.161 votos e Gilson Reis com 16.225 votos.

    Nesta eleição o partido voltou a disputar o Senado Federal e entre onze candidatos a candidatura de Zito Vieira terminou em quarto lugar com mais de um milhão e quatrocentos mil votos.

    Fato curioso, que em Janeiro de 2011 tomaram posse Celinho Sintrocel e Márcio Pimentel por um mês, em suplências conquistadas em 2006, tendo assim o PCdoB ficado n, neste mês , com três deputados estaduais.

    As eleições de 2014 foi a eleição que o partido teve seu melhor desempenho em Minas Gerais. Mais uma vez, com chapa própria elegemos pela primeira vez três cadeiras na Assembleia. 

    Obtivemos mais de quatrocentos mil votos para deputado estadual. Reelegeu Mario Henrique Caixa com mais de cento e trinta mil votos, reelegeu Celinho Sintrocel para seu segundo mandato com 36.344 votos e a eleição do então vereador de Contagem, Ricardo Faria com 44.758 votos. 

    O camarada Geraldo Pimenta ficou na primeira suplência e exerceu boa parte do mandato com a participação, primeiro de Mário Caixa e depois Ricardo Faria na Secretária de Turismo.

 

    Para Deputado Federal garantimos o terceiro mandato de Jô Moraes e a segunda suplência com Wadson Ribeiro que exerceu o mandato até o golpe contra Dilma, onde os titulares ministros voltaram a Câmara.

    No ano de 2018 não obtivemos sucesso na eleição para deputado federal. Jô Moraes foi candidata a vice governadora na chapa de reeleição de Fernando Pimentel, que não logrou êxito e terminou em terceiro lugar. 

    Na Assembleia foi reeleito o Deputado Celinho Sintrocel, mantendo como único mandato conquistado naquele pleito.

    Já em 2022, na primeira eleição com o arcabouço da Federação Brasil da Esperança, lançamos sete candidaturas a deputado estadual, a Federação elegeu dezessete deputados estaduais e o Deputado Celinho obteve o décimo quinto lugar na Federação com 44.262 votos, iniciando assim seu quarto mandato como Deputado Estadual pelo PCdoB na Casa Legislativa mineira. O vereador Tiago Santana de Betim, Jô Moraes, a sindicalista Valéria Morato, Além do vereador de Viçosa Daniel Cabral, de Marcelo e Hebert no norte de Minas e Sônia no sul também emprestaram seus nomes para a chapa fazendo o PCdoB somar mais de cento e quinze mil votos para o legislativo estadual.

    Não logramos êxito na eleição para uma cadeira de Deputado Federal em Minas Gerais.

 

DEPUTADOS ESTADUAIS no  PCdoB

Armando Ziller         1947 -1948
Jô Moraes                2003- 2007
Carlim Moura           2007 – 2013
Celinho Sinttrocel     2011 até hoje
Márcio Pimentel        2011
Mário Henrique Caixa  2013 – 2016
Ricardo Farias             2015 - 2019
Geraldo Pimenta          2015 - 2019

 

 

Deputados Federais no PCdoB MG

José Luis Guedes        1983 – 1986
Célio de Castro            1987 – 1990
Sérgio Miranda            1993 - 2005
Jô Moraes                2007 – 2019
Wadson Ribeiro            2015 - 2016

Mandato do Celinho

    
   José Célio Alvarenga nasceu em Timóteo  filho de uma família de dezessete filhos, começou muito jovem a trabalhar para ajudar os pais. Vendendo picolé nas ruas, em armazéns e escritórios.

    Em 1994 tornou se presidente do Sinttrocel Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Coronel Fabriciano e região. Uma importante entidade sindical que garantiu entre outros, o maior salário de rodoviários de Minas Gerais, a maior taxa de sindicalização entre os rodoviários do país, e uma ampla ação de assistência previdenciária, jurídica, de lazer e de saúde para os rodoviários e familiares.

    Com esta projeção disputou, em 2004, sua primeira eleição parlamentar. Concorreu a uma vaga de Vereador em Coronel Fabriciano pelo PCdoB. Foi o mais votado da cidade, entretanto a coligação partidária não atingiu o quociente eleitoral.

   Disputou, pelo PDT em 2006, vaga de deputado estadual, obtendo  mais de vinte e oito mil votos, sendo o terceiro suplente. No último mês desta legislatura, já em Janeiro de 2011, Celinho assumiu sua primeira legislatura.

    Em 2010 foi eleito para seu primeiro mandato completo iniciando uma combativa história combinando a combatividade sindical e parlamentar, com a amplitude na tática política em defesas de amplas frentes em defesa dos trabalhadores..

    Em seu quarto mandato consecutivo pelo PCdoB na Assembleia Legislativa, o Deputado Celinho Sintrocel ocupa hoje a vice-liderança do Bloco Democracia e luta e a vice-presidência da Comissão do Trabalho, da Previdência e da Assistência Social, Comissão que já presidiu por seis anos.

    Celinho ainda é membro da Comissão de Transporte, Obras Públicas e Comunicação e membro suplente da Comissão de Assuntos Municipais e Regionalização.

    Celinho presidiu ainda a CIPE Rio Doce – Comissão Interestadual Parlamentar do Rio Doce que envolve o parlamento mineiro e capixaba.

    Celinho foi o autor das audiências pública com as maiores participações populares na Casa. 

    A maior audiência pública em termos de participação popular da história da ALMG foi realizada, em conjunto com a Câmara Federal, no debate da reforma da previdência do trabalhador rural que reuniu mais de cinco mil trabalhadores na Praça da Assembleia.

    Destaca-se ainda os debates públicos, ainda no primeiro mandato, em conjunto a FIEMG e diversas Centrais de Trabalhadores em torno da defesa da indústria mineira e do emprego, com o tema da reindustrialização de Minas e do Brasil. 

    Destacou -se ainda o amplo debate sobre a Construção do Estatuto do Motorista ocorrido na Casa com a participação do Senador Paulo Paim.

    A luta pela garantia do trabalho digno dos rodoviários em Minas, exigindo das empresas por aplicativos de medidas protetivas a dignidade dos rodoviários foi outro capítulo importante do mandato comunista na Assembleia. 

    Após uma ampla mobilização de milhares de rodoviários, a Assembleia derrubou um veto do Governador, proibindo as empresas, como BUSSER de operar em Minas Gerais sem as garantias trabalhistas aos rodoviários e tributárias e legais ao Estado, infelizmente após judicialização as empresas ainda trabalham sob efeito de liminar.

    Na reforma da previdência, no primeiro Governo Zema, Celinho derrotou, no âmbito da Comissão de Trabalho, o Governo estadual. Foram   4 votos a favor do substitutivo apresentado pelo mandato, contra 1. Entretanto seu parecer foi derrotado em Plenário, não sem antes garantir várias legislações que minoraram os impactos da reforma entre os servidores.

    Celinho Sintrocel é autor de importantes Projetos de Leis na Casa, a criação da Empresa Mineira de Comunicação EMC, que unificou administrativamente a Rede Minas e a Rádio Inconfidência.

    Celinho também foi autor do Plano Diretor de  Desenvolvimento Integrado do Vale do Aço. Terceiro aprovado no país estes moldes, primeiro de Minas Gerais.

    Celinho foi autor ainda do PL que garantiria a implantação do Salário Mínimo estadual, realidade em diversos estados do Brasil, mas que ainda não foi conquistado em Minas Gerais.

    A participação do mandato comunista na CPI das barragens também merece destaque nestes catorze anos de mandato. Celinho foi o subrelator da CPI ao tratar a defesa da vida dos tralhadores da mineração.

    O apoio a cidades e entidades através de Leis de reconhecimento  público, de utilidade pública e de emendas parlamentares ganha destaque na atuação do mandato do PCdoB na ALMG.

    São hoje mais de quarenta Leis em Minas Gerais de iniciativa do mandato do Deputado Celinho, entre elas de proteção ao trabalhador rural, a instalação de rede elétrica gratuita nas áreas rurais para a população carente o apoio a corrida de ruas e a Lei de prevenção a acidentes com animais nas rodovias e diversas de reconhecimento cultural como a festa alemã em Juiz de Fora e de congado em Rio Piracicaba, por exemplo.

    O aniversário do PCdoB nestes catorze aos, teve como palco, por, pelo menos, seis vezes, o legislativo estadual, através do mandato do Deputado Celinho, onde trouxemos grandes lideranças do PCdoB para atos políticos na Casa do Povo Mineiro como Luciana Santos, Vanessa Graziotim, Renato Rabelo, entre outros.

    Assim como a semana de prevenção contra o acidente de trabalho e em defesa do piso da enfermagem onde o mandato realizou diversas audiências e mobilizações em torno destes temas. 

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