PCdoB NAS ELEIÇÕES
O PCdoB nas eleições para a prefeitura de BH
O PCdoB nas eleições para a prefeitura de BH
Ao longo de sua construção na capital de Belo Horizonte, o PCdoB participou intensamente de sua vida política. Disputou as eleições para a prefeitura, com candidatura própria, por duas vezes. E teve representação na Câmara de Vereadores durante todo o período pós redemocratização, à exceção dos anos 2020 a 2024.
No ano de 2008, a candidata a prefeita foi Jô Moraes que, na oportunidade, exercia o mandato federal e teve como candidato a vice, Cláudio Sampaio, do PRB. Com o programa “BH é Você, Proposta interativa de uma administração democrática para Belo Horizonte”, Jô chegou a liderar as pesquisas durante várias semanas. Eliane Catanhede, colunista da Folha de São Paulo chegou a publicar em sua coluna de 22/07/08: “BRASÍLIA - Você já ouviu falar em Jô Moraes? Nem eu. Mas ela é deputada federal e está em primeiro lugar nas pesquisas para a Prefeitura de Belo Horizonte, contra tudo, contra todos e muito particularmente contra o governador Aécio Neves, do PSDB, e o prefeito da capital, Fernando Pimentel, do PT”. As máquinas foram mais fortes e Jô chegou em terceiro lugar.
12 anos depois, Wadson Ribeiro, ex-deputado federal e presidente do PCdoB disputou também a administração municipal, com Kátia Vergílio, candidata a vice e com o Programa BH Pode Mais. A conjuntura era bem diferente porque o governo federal e o governo estadual eram conduzidos por uma política autoritária e neoliberal de Jair Bolsonaro e Romeu Zema.
A apresentação do programa começava demarcando com as ideias predominantes: “Governar é um desafio. Governar não é o mesmo que gerir ou administrar.
Governar é construir pontes entre o presente e o futuro a serviço da maioria”. E continuava: “Belo Horizonte padece de problemas estruturais de um modelo de desenvolvimento urbano que gerou profundas desigualdades regionais e precisa ser alterado. Uma nova postura do poder municipal será fundamental para liderar a construção de soluções imperativas como a redução da pobreza, criação de um programa de renda mínima e geração urgente de empregos, diminuição da tarifa do transporte público, ampliação de vagas de tempo integral nas escolas municipais, obras de prevenção contra enchentes ambientalmente saudáveis, redução do déficit habitacional, ampliação da cobertura de saneamento básico, e a diminuição das filas de espera no SUS”. Programa que continua atual.
https://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2207200804.htm
Governar é um desafio. Governar não é o mesmo que gerir ou administrar. Governar é construir pontes entre o presente e o futuro a serviço da maioria. Diante do conjunto de crises que vivemos na atualidade, governar BH requer senso de urgência e coragem de realizar as transformações que a cidade necessita. A urgência decorre de duas necessidades: combater aos altos índices de desemprego e crescimento da pobreza e defender a Democracia como único caminho para a construção das soluções para os impasses vividos pela sociedade brasileira. Em ambos os desafios, o povo não pode contar com o apoio dos atuais governos federal e estadual. A prefeitura de BH deve, assim, assumir seu papel de construção de uma alternativa ao descompromisso com o povo desses governos.
BH pode assumir esse papel, pois é de sua tradição o espírito democrático, consubstanciado na história de batalhas e lutas diversas de nosso povo em defesa da expansão da esfera público, em oposição ao autoritarismo e na ampliação do rol de direitos sociais conquistados para as diversas parcelas da sociedade. Essa jornada de longas décadas amalgamou uma relação democrática entre poder público e sociedade civil que se tornou a marca da cidade até pouco tempo atrás. A participação popular na elaboração, implementação e avaliação das políticas públicas realizadas na cidade era mais que uma decisão de um governo, mas uma exigência social que além de democrática garantia a efetividade das políticas adotadas.
